quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Olimpíadas 2016

Bom, meus amigos, vou aqui tentar retomar os textos sobre o nosso esporte preferido. Para isso, nada mais motivador que uma Olimpíada, ainda mais no Brasil, certo?
Hoje, 18/08/2016, está ocorrendo a semifinal do feminino, de onde o Brasil, infelizmente, está fora. Mas vou tentar avaliar o que aconteceu até aqui

FEMININO
Confesso que não acompanho muito o naipe feminino, mas assisto o suficiente para identificar Brasil e EUA como grandes favoritos antes dos Jogos. O Brasil, mesmo com as deficiências no passe, possuía um time sólido, experiente, bem treinado e muito equilibrado.Como sempre, o forte era o ataque, e apresentava deficiências no saque (tradicional), no passe (cantada em verso e prosa) e no levantamento, com alguns erros técnicos e com muitas decisões erradas.
Os EUA me surpreenderam ao usarem opostas canhotas de velocidade, mais ou menos "emulando"o Brasil/2004, com a Glass jogando muito bem, sem erros técnicos e de decisões e até fazendo umas "mágicas"a la Lloyd Ball. A relação saque/bloqueio/defesa estava, como sempre, muito boa, aliás isso é uma característica marcante do voleibol estadunidense. O passe não sofria muito, o Kiraly escolheu a dedo suas ponteiras priorizando o passe. Os pontos fracos são o ataque das ponteiras e das centrais.
Antes de iniciar, apontava Brasil e EUA como francas favoritas, seguidos da China e, um pouco abaixo dessas, as europeias: Rússia, Sérvia, Holanda e Itália.
Desnecessário dizer que quebrei a cara. Como desculpa, digo que não acompanho mais o esporte muito de perto e que Servia x China na final ninguém deve ter previsto

MASCULINO
Antes dos Jogos, acreditava que a França chegaria na final, com a outra vaga sendo disputada entre Brasil, EUA, Itália, Rússia e Polônia. Mais uma vez quebrei a cara, desta vez com a França eliminada na 1a fase.
A Itália me surpreendeu muito, com Lanza e Juantorena segurando o passe muito bem e o Zeitzev matando como oposto. Os centrais, seguindo a tradição italiana, muito bem no bloqueio e resolvendo no saque e ataque. Mas o grande salto foi dado por finalmente eles terem um levantador de nível A.
Aliás, essa Olimpíada ficará marcada por bons levantadores: Itália, França, EUA e Argentina com levantadores realmente muito bons. Brasil, Polônia, Rússia, Iran, Canadá, México também com bons levantadores.
No Brasil, estranhei o corte do Murilo, principalmente pela sub-utilização do Douglas. Se a comissão não tem confiança nele e prefere colocar um cara lesionado contra a Argentina, deveriam ter levado o Murilo. Pelo menos passe e bloqueio ele ajudaria, fora a ajuda fora da quadra. A não ser que houvesse problemas de relacionamento que não conhecemos. Fora isso, o passe está ruim, o saque instável, mas o bloqueio/defesa está bom, o Wallace está muito bem, com confiança inclusive nos finais de set, e os atacantes de meio estão resolvendo no ataque, a única bola boa do Bruno. As pontas são nosso ponto fraco, junto com as decisões equivocadas do Bruno, particularmente nos contra ataques.
Vou apostar em Brasil x Itália na final. Seria muito divertido assistir.



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Superliga 2012/13 - Os Azarões

Complementando a minha análise sobre a próxima temporada da Superliga Masculina, vou escrever sobre os times que são os azarões da competição

Vôlei Futuro: Diferente dos últimos 2 anos, onde a equipe de Araçatuba montou um time pra chegar nas cabeças, nessa temporada, o investimento foi significativamente menor. Em 2010/11, o time-base era Ricardo, Vissoto, Dentinho, Camejo, Lucão, Michael e Mario Junior. Um time um pouco desequilibrado e sem banco acabou eliminando surpreendentemente a poderosa Cimed e caiu nas semis para o Cruzeiro com toda aquela polêmica e com direito ao encurtamento da quadra no 3o jogo. Como era de se imaginar, Vissoto não se entrosou com Ricardo, pois o oposto gosta de bolas altas e lentas e acabou por enterrar o time. Pra completar, Lucão não parecia com muita vontade e Mario Junior parecia estar passeando, o que valorizou ainda mais a classificação do time para as semis. Na temporada passada, o time ficou muito mais equilibrado, com Lorena no lugar do Vissoto, o Vini no lugar do Lucão melhorando a velocidade do time e reforçando o banco com Piá, Bob, Leozão, Evandro, Athos, Mauricio e Thiago Brendle, o time ficou bem melhor. O resultado foi a classificação para a final e um voleibol de altíssimo nível na temporada toda. Para esse ano, infelizmente não dá pra se esperar muito. Ricardo, Vini e Michael continuaram e terão a companhia de Caio de Prá, Najari, Jairo, Rapha, Temponi, Gui Hage e Ialisson. Talvez fosse o caso de jogar com um "falso oposto" para melhorar o bloqueio, deixando Temponi na diagonal do Ricardo, e Rapha e Najari como ponteiros (ou Gui, ou ainda Caio, com muito treino de posicionamento para deixá-lo fora do passe mesmo na ponta). Enfim, não dá pra esperar muito, mesmo com Ricardo inspirado.


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Superliga 2012/13 - Avaliação Time por Time - Masculino

Nessa postagem, vou expor minha análise sobre os times que disputarão a próxima Superliga. Ressalto que estou colocando essa análise em setembro, e a SL só começará em novembro, então, alguma reviravolta pode ocorrer, embora seja improvável.

Sada/Cruzeiro: Pra mm, é o favorito disparado. Já tinha um time excelente o ano passado, bem acertadinho, e ainda se reforçou esse ano, com atletas que vão contribuir tecnicamente e não têm o perfil de "medalhões", que poderiam tumultuar o ambiente. Chegaram os ponteiros Leal e Túlio e saiu praticamente o jovem reserva Lucas Loh. O cubano é muito bom, ou pelo menos era no Mundial/2010 e será um reforço e tanto. Tulio jogou muito bem na temporada 2010/2011, mas não mostrou o mesmo jogo no ano passado. Ainda assim comporá bem o banco. O Cruzeiro tem um levantador fantástico (William), um oposto fora-de-série (Wallace), 2 ponteiros com passe/defesa/saque excelente (Filipe e Mauricio), 1 líbero excelente e dois centrais com melhor poder de ataque de meio do Brasil. Seu ponto forte é o passe, que facilita o trabalho do William e possibilita o jogo veloz com o meio, com as pipes e com o oposto. Diferente da maioria dos times, o oposto ataca bolas rápidas. O bloqueio não é o ponto mais forte da equipe, mas a sincronia com a defesa e o poder de contra-ataque, além de um saque muito bom tornam o sistema defensivo eficiente. Só perdem o campeonato se houver brigas internas, o que é improvável, já que vão para a 3a temporada juntos, ou se houver uma queda muito acentuada no rendimento de 2 posições-chave que não têm reserva à altura: William e Wallace. Fora disso, pode marcar mais um título na conta deles.

Sesi: Ano passado, sofreu com as lesões, especialmente do Wallace, que tinha sido o grande nome do título de 2010/11, e de seu reserva Léo, além de contar com Murilo e Thiago Barth fora de suas melhores condições. Se não fosse por isso, provavelmente chegaria na final. Esse ano, ganhou muito com a contratação do Eder para o lugar do Rodrigão, embora tenha perdido um pouco na troca do Wallace pelo Lorena. Enquanto Wallace, em forma, é um jogador mais completo, Lorena é "de lua", alternando atuações espetaculares (Vôlei Futuro x RJX nas semi) com partidas sofríveis (final ano passado, final 2009/10 com Montes Claros). Jotinha, Leo e Diogo por Everaldo, Cleber e Mão não muda muita coisa. Sandro, Lorena, Murilo, Léo Mineiro, Sidão, Eder e Serginho é um time de respeito. Vai incomodar o Cruzeiro.

RJX: Ano passado, na montagem do time, eu dizia para meus amigos: "esse time não chega. É muita estrela e pouca constelação, igual à Cimed". O mesmo vale para esse ano. Na montagem do time, no ano passado, contrataram a inversão da Seleção (Marlon/Theo); mais um dos melhores centrais nacionais (Lucão, que deu um "tombo" no Volei Futuro no ano passado, que pretendia contar com ele e Vini, mas a grana no RJX era pesada), o melhor central com pontuação zero (Riad, que tinha acabado de ser campeão na Itália), um ponteiro que tinha feito uma Superliga anterior muito boa, além de um excelente entrosamento com o levantador (Chupita), um líbero de seleção (Alan) e a estrela maior da companhia, o Dante. Não deu certo, por alguns motivos, o principal é a falta de coesão do time e do treinador que não deu liga com o elenco. Além disso, as lesões de Dante, Chupita, Lucão e Marlon e falta de banco (Sens era o único com nível dos titulares, mas ficou quase o ano inteiro fora) atrapalharam bem. No final, um fracasso com direito a ficar em 7o na classificação tomar um chocolate do Volei Futuro na semi. Só venceu o "quebrado" Sesi como resultado marcante. Esse ano, embora o Dante tenha falado que o time melhorou muito, eu não concordo. Está a mesma coisa tecnicamente, com tantas lesões quanto o ano passado e tem ainda mais "estrelas". Não aposto neles chegando na final, mesmo com o nível do campeonato caindo. Chegaram Bruninho, Thiago Alves e Mario Junior para os lugares de Marlon, Chupita e Alan. Reforçaram o banco com Athos e Manius, mas insuficiente para manter o nível de Dante e Lucão, que não vão jogar muitas partidas esse ano. Enfim, só coloquei 10% das minhas fichas neles.

Minas: Sinceramente, no ano passado eu coloquei o Minas fora dos 5 melhores e lutando com São Bernardo, Montes Claros e Medley para classificar para os playoffs. Não preciso dizer que caí do cavalo. Montaram um time com baixo orçamento, com uns caras renegados e acabou dando certo. Perderam Marlon, Chupita, Holmes, Diogo, Canha, Brendle e ainda formaram um time legal. Marcelinho jogou uma muito boa Superliga, sem arrumar confusão e jogando para o time, me surpreendendo. Filip foi uma revelação para todos (acho que muito pouca gente conhecia esse oposto Tcheco), Lucarelli foi a revelação da Superliga (embora quem acompanhe a mais tempo já tinha notado o talento do garoto), Henrique foi novamente o Henrique que conhecemos. Ainda Otávio e Orestes foram muito bem no meio, especialmente no ataque. Só destoavam um pouco Manius e Polaco. Não gostei das mexidas do Marcelo durante os jogos, principalmente as inversões, mas no fim, chegaram na semifinal jogando o fino da bola. Para esse ano, os pontos fracos da equipe saíram. O líbero é uma incógnita por ser jovem, mas o Quiroga vai substituir o Manius com sobras. Ainda tirou do Vôlei futuro 2 bons reservas: Evandro levantador e o central Maurício, muito bom no bloqueio. É um time que vai dar trabalho, mas não acredito que chegue na final.

Medley: No seu 3o ano, montou um time de respeito, com um técnico vencedor acostumado a montar times. Manteve seus excelentes centrais pelo 3o ano seguido (André Heller e Gustavão) e ainda completou com Orestes, tirado do Minas. Da cimed, junto com o técnico Pacheco, vieram Rivaldo, oposto de talento, subaproveitado pelo Bruninho nos playoffs da última Superliga, mais Renato, ponteiro fera no passe e o levantador jovem Murilo Radcke, que vai disputar posição com o experiente Rodriguinho, maestro do time no ano passado, que foi mantido junto com o jovem oposto Franco. além desses, veio o ponteiro Diogo, nômade do Vôleibol, ex-Sesi (2011/12), Minas (10-11), Montes Claros (09-10), entre outros. Pra completar o time, aquele que vem "para resolver", o ponteiro cubano Despaigne. Um bom time, desta vez com um bom banco e um excelente técnico. Deve dar trabalho nas semifinais

Superliga 2012/13

Acabo de ver no Blog Saque a lista dos participantes da Superliga 2012/13. Aliás, é um excelente blog de Vôlei. Junto com o Espaço do Vôlei, é o meu preferido.
Como já se esperava, no feminino haverá 2 equipes a menos, em um total de 10.
No masculino, também já se esperava a saída de Montes Claros e Londrina e a entrada de Canoas e Pinda. Em breve farei uma avaliação mais detalhada, mas, de cara, coloco os participantes nos seguintes blocos:
Favoritos: Cruzeiro, Sesi, RJX
2o Escalão, brigarão por semifinal ou com muita luta e um pouco de sorte, na final: Minas e Medley/Campinas
3o Escalão, brigarão por vaga nos playoffs ou, com muita sorte e muita luta, nas semis: Vôlei Futuro, São Bernardo (sem BMG), Florianópolis, UFJF e Canoas
Figurantes, dificilmente alcançarão os playoffs: Volta Redonda e Pinda

Dos 12 que participaram da última Olimpíada, 4 estão no RJX (Bruninho, Dante, Lucão e Thiago Alves), 3 no Sesi (Serginho, Murilo e Sidão), Wallace no acertado time do Cruzeiro, Ricardinho no renovado Vôlei Futuro, Rodrigão sem time, Giba e Vissoto no exterior.

Se fosse apostar, colocaria 70% das minhas fichas no Cruzeiro, 20% no Sesi e 10% no RJX.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Meninos, Eu Vi - Parte 2 - No Brasil

- Os clássicos Pirelli x Atlântica (depois, Brasdesco/Atlântica). William, Xandó, Amauri, Montanaro x Bernardinho, Bernard, Fernandão, Badá
- Bernard atacar uma bola de 2 tempos.
- A jogada "desmico" e sua "irmã" chamada "vai-e-vem": finge que vai na desmico e volta na chutada atrás
- "Between"
- Perto-longe (chutada de meio em 2 tempos, com finta na bola de tempo e salto para o lado na chutada...)
- O 1o Mundial Interclubes, no Brasil. Bradesco vencendo por 2 sets a 0, com 10 x 5 no 3o set. Torcida cantando "tá chegando a hora", e aprendendo que, no Vôlei (pelo menos no antigo), só acaba no 15o ponto. Final: Pirelli 3 x 2 Bradesco
- Paulo Roese comer a bola no Sulbrasileiro e no Banespa e não se firmar na seleção. Um pouco por azar (tinha o William, depois veio Maurício), um pouco por picuinha contra ele. Ainda assim, foi um dos grandes.
- Minas surpreender todo mundo e ganhar o Brasileiro. Depois ainda ganhar mais 2, em cima de Bradesco, Pirelli e Banespa
- Um cara de 1,75 jogar muito na saída-de-rede: o canhoto Henrique, do Minas. Com a companhia de Helder, Elberto, Luiz Alexandre, Pelé, etc, e dirigidos pelo coreano Sohn, marcaram o nome na história do Vôlei Brasileiro. Certa vez, eu vi ele tirar todo mundo da quadra para receber, sozinho, um saque Jornada do Bernard.
- Seleção juvenil de 1986 com Bocão, Jaílton e Janelson nos encher de esperança no "futuro"
- Carlão ganhar uma final de Brasileiro jogando com pé quebrado.
- Carlão, em uma final de brasileiro, ficar tão irritado que deu uma porrada na bola fora do jogo em direção à arquibancada e acertar uma senhora.
- Palmeiras tentando sair da fila em que o futebol estava, montar um time em 92, ir para a final com Suzano, perder e ainda ver a Mancha Verde colocar fogo na touca de um torcedor de Suzano (com o torcedor vestindo a touca)
- Boszkinho machucar gravemente a mão após chocar-se com uma placa de publicidade de metal
- Ver os jogos com a narração do saudoso Marco Aurélio (Gilsão Mão-de-Pilão)
- William e Montanaro, melhores amigos, brigarem feio e se tornarem maiores inimigos de uma hora para outra. De acordo com boatos, desentendimento relacionado com contrato na Pirelli
- a Telesp montar um timaço de garotos vindo da Fonte/Lojicred de Campinas: Maurício, Pompeu e Ronaldo. A Lojicred ainda tinha Eduardo Pezão...
- Banespa, com um time de garotos, arrasar em 88/89: Giovani, Jimmy, Marcelo Negrão e Tande se juntaram a Xandó, Roese, Dema, Paulinho Rogério e fizeram um timaço
- Ao mesmo tempo, os garotos da Pirelli também mostravam sua qualidade: Claudinei, Douglas, Madeira, Celsinho, Romão, Pinha, Giru,...
- Jogos acabarem em 17 x 16 no Tie-Break!!!!!


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Meninos, Eu Vi

- Melhor de 5 sets com vantagem em todos (jogos de mais de 3 horas de duração)
- Tie-break somente no 5o set, indo no máximo até 17 (acabava em 17 x 16)
- Saque na rede ser considerado "queimado"
- O último ano em que era permitido bloquear o saque
- Recepção de toque ser considerado "2 toques"
- Defesa somente de manchete
- Ser proibido tocar na bola da cintura para baixo
- Ser proibido tocar na rede
- Jogo sem líbero, ou seja, o central tinha que saber passar e defender
- Central ser chamado de "Meio-de-rede"
- O pior atacante jogar na diagonal do levantador, e ser chamado "saída-de-rede"
- Saque permitido somente da "zona de saque": do lado direito, com apenas 3 metros de espaço lateral
- Saque "Jornada nas Estrelas"
- Parodiando o saque acima, vi Renan, William e Montanaro inventarem o "Viagem ao Fundo do Mar"
- A URSS de Savin e Zaytsev
- O Brasil campeão do mundialito
- A geração de prata
- A Revista Saque, com quadrinhos no final
- Os EUA, em 84, revolucionarem o voleibol com um saída-de-rede que não passava, só atacava e posicionarem o time com levantador, ponta e meio ao invés de levantador, meio e ponta
- A França de Fabiani e Blein
- Dvorak/Powers; Berzins/Kirally; Buck/Timmons arrasarem William, Amauri, Xandó, Bernard, Fernandão e Renan;
- Levantadores fantásticos como Fabiani, William, Dvorak, Zaytsev, Kantor, Jeff Stork, Paulo Roese, Maurício, Blange, Diago, Ball, e o melhor de todos, Ricardinho
- Kaleb, o "fim da festa"
- Kantor, Martinez, Castellani, Quiroga, Uriarte, Conte. 2 vezes.
- Bola do fundo ser chamada de "russa"
- Bola de tempo ser chamada de "mexicana"
- 4x2 com infiltração ser chamado de "4x2 cubano"
- William sair de dentro da quadra para brigar na arquibancada e a Pirelli virar o jogo em cima do Bradesco/Atlântica para 3 x 2
- Diago puxar a rede e dizer que foi rede nossa
- Timmons passar de meio-de-rede razoável em Los Angeles para oposto craque de bola em Seul/88
- Joel Despaigne ganhar praticamente sozinho do Brasil na semi do Mundial/90 e depois perder para a Italia de Zorzi
- Stork/Timmons; Ctvtrlick/Kirally; Buck/Salmons consolidarem a nova forma de jogar voleibol em 1988
- Zé Roberto adaptar em cima dessa nova fórmula em Barcelona-92 (iniciando no Mundial-90): Marcelo Negrão de Oposto-Meio e Carlão de Meio-Ponta
- Marcelo Negrão ganhar sozinho o mundial infanto em 88 ou 89, ainda com o codinome "Pernambuco"
- Carlão jogar a final do Brasileiro pela Frangosul com o pé quebrado
- Luccheta e Gardini elevarem a posição de meio-de-rede a outro patamar
- Uma geração fantástica de ponteiros-passadores não ganhar o ouro olímpico: Bernardi, Cantagalli, Giani, Bracci, Papi, Pipi
- Smith/Stokles no vôlei de praia
- Tatiana Grascheva tomando aquelas broncas fantásticas do Karpol
- O saque do Giovani. Sim, aquele saque.
- Aquele 33 x 31 no tie-break contra a Servia (ou ainda era Iugoslávia?) de Milinkovich e dos irmãos Grbic na Liga Mundial
- O melhor time da história moer todo mundo no Mundial de 2006
- As 2 medalhas de ouro. Em 92, na televisão esbagaçada da minha república, em um domingo de manhã. Em 2004, na casa do meu sogro, em São Paulo, cheia de gente.
- Principalmente, muitos peixinhos

Sim, meninos, eu vi tudo isso...e sobrevivi para contar.

sábado, 25 de agosto de 2012

O início

Corria o ano de 1982.
Seleção Brasileira de futebol, com aquele timaço, perde para a Itália por 3 x 2, com 3 gols de Paolo Rossi, destroçando os sonhos de muita gente, particularmente de uma criança de 11 anos.
Com a lacuna deixada pelo futebol, Luciano do Valle resolve promover o Voleibol e elevá-lo à condição de "Esporte Nacional" (depois ele tentaria, sem o mesmo sucesso, fazer o mesmo com a Sinuca, o Maguila, o Basquete Feminino, Fórmula Indy, Tênis, entre outros).
No mesmo ano, 1982, é promovido o "Mundialito" de Vôlei (em 1981 foi feito o Mundialito de Futebol, no Uruguai, onde o Brasil mostrou ao mundo que tinha verdadeiramente um timaço. O nome foi tirado daquele evento), no qual o Brasil se sagra campeão, colocando nomes como William, Bernard, Xandó, Renan, Montanaro, Amauri, Fernandão, Domingos Macaranã, Bernardinho, Badalhoca, Rui, entre outros, no Panteão dos heróis esportivos nacionais.
No Mundial, disputado naquele mesmo ano, na Argentina, o Brasil se sagraria vice-campeão, lugar no pódio que se tornaria a marca registrada daquela geração, perdendo para a poderosa União Soviética de Savin e Zaytsev.
No ano seguinte, a continuidade desse fenômeno: a medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Caracas, derrotando a poderosa seleção cubana e o famoso jogo Brasil x URSS no Maracanã, com mais de 90 mil pessoas, até hoje o maior público da história do voleibol. Os soviéticos (então grandes estrelas internacionais) e brasileiros enxugando a quadra improvisada com carpete que, com a chuva, estava impraticável, foi uma das cenas mais importantes da história do voleibol. Certamente uma das mais importantes para a minha história com o voleibol.
Esse boom do voleibol propiciou a abundância da oferta de lugares para se praticar esse esporte: na minha escola, no clube, até na rua jogava-se vôlei. Foi aí que comecei a gostar de voleibol e por isso, começo hoje, aos 41 anos, a escrever um pouco do que penso sobre esse esporte, com um pouco de histórias, mas, fundamentalmente, com análises técnicas e táticas para os aficionados como eu.

Boa leitura e bem vindos à década de 80!!!!